PROPOSTA DE ENCENAÇÃO
O espetáculo retrata
um vendedor ambulante que faz de tudo, cria as mais variadas peripécias com o
intuito de conseguir vender o seu produto, de uma maneira bastante intimista
ele mostra dor e alegria, fala de amor e ódio, discute a política e o seu povo.
É um paralelo
metafórico e sarcástico sobre a dificuldade de viver em um mundo tão
capitalista onde as pessoas buscam cada dia mais “ter” e não “ser,” se
esquecendo do amor, da fé e do respeito ao próximo.
Um espetáculo
apresentado apenas por um ator em cena, dentro de uma estrutura dramatúrgica
narrativa e performática, onde o personagem vai se purificando em espécies,
tipos, estereótipos, que se mantém equilibrado por uma sonoplastia viva
presente, que interage o tempo todo com as sua ações, onde o musico é a melodia
e o ator é a palavra, a letra cantada em versos e poesia. A tentativa é a de
provocar no publico uma reflexão sobre o seu papel em quanto cidadão atuante em
uma sociedade e como lida com toda essa irracionalidade, insensibilidade, e
falta de amor que a sociedade enfrenta hoje. A opção do espetáculo ‘O Vendedor’
foi a de trabalhar com ausência do cenário realista, seguindo a estética do
Teatro Pobre de Grotowiski, a idéia é a de abstrair totalmente o cenário, se é
que isso é possível.
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